quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A Navalha de Occam


“A explicação mais simples é a certa...”

Na idade média usava-se o lugar  onde a pessoa nasceu ao invés do sobrenome. William de Occam, nasceu em 1285 na cidade Occam ou Ockham na Inglaterra. Viveu até 1349. Foi Filósofo e Monge Franciscano.

O princípio da pluraridade diz, “A pluraridade não deve ser determinada sem necessidade”. Para se fazer arroz, basta uma receita. Se houver problemas na execução desta busca-se outra. Ter muitas no início não contribui, confunde.

O princípio da parcimônia diz, “Não há porque fazer com mais o que pode ser feito com menos”. Entenda a meta, e somente aquilo que agregue valor a meta deve ser feito ou disponibilizado para a tarefa.

Aristóteles é conhecido também pela frase, ”quanto mais perfeita é uma natureza, de menos meios precisa para seu funcionamento”. A natureza é simples.

A Navalha de Occam é uma ferramenta que nada prova, mas serve como um conselho a ser seguido e declara que quando há duas explicações geralmente a mais simples é a correta.

As explicações mais simples vêm de evidências que já sabemos que são verdadeiras. Sabemos que passarinhos cantam porque podemos escutá-los. Sabemos que fogo queima pois podemos senti-lo. 

Sabemos sobre fatos, conhecemos coisas e ambientes e essas são evidências que nos ajudam durante nossa vida a elaborar explicações plausíveis, pelo menos a nós.

Assim a Navalha de Occam é uma ferramenta poderosa a ser utilizada contra os teóricos da conspiração que inundam nosso meio corporativo.

É comum observar a incompetência escondida por detrás de uma crise bem aproveitada. Nesse momento surgem os heróis de última hora, os salvadores da pátria ou partícipes desta. A simplicidade desmascara esses agentes do caos.

Como ponto de partida, não dar ouvidos ou créditos a longas e complexas explicações, ater-se ao simples, ao que pode ser comprovado por evidências que já sabemos verdadeiras é o caminho da liderança para evitar o engrandecimento da incompetência.

Conhecer a Navalha de Occam é utilizar-se de um preceito filosófico, antigo, testado e que se usado com parcimônia torna-se uma ferramenta poderosa na gestão de crises.


Os detetives usam esse princípio para deduzir quem é o suspeito mais provável.

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