“A explicação mais simples é a certa...”
Na idade média usava-se o lugar onde a pessoa nasceu ao invés
do sobrenome. William de Occam, nasceu em 1285 na cidade Occam ou Ockham na
Inglaterra. Viveu até 1349. Foi Filósofo e Monge Franciscano.
O princípio da pluraridade diz, “A pluraridade não deve ser
determinada sem necessidade”. Para se fazer arroz, basta uma receita. Se houver problemas na execução desta busca-se outra. Ter muitas no início não contribui, confunde.
O princípio da parcimônia diz, “Não há porque fazer com mais
o que pode ser feito com menos”. Entenda a meta, e somente aquilo que agregue valor a meta deve ser feito ou disponibilizado para a tarefa.
Aristóteles é conhecido também pela frase, ”quanto mais
perfeita é uma natureza, de menos meios precisa para seu funcionamento”. A natureza é simples.
A Navalha de Occam é uma ferramenta que nada prova, mas
serve como um conselho a ser seguido e declara que quando há duas explicações
geralmente a mais simples é a correta.
As explicações mais simples vêm de
evidências que já sabemos que são verdadeiras. Sabemos que passarinhos cantam
porque podemos escutá-los. Sabemos que fogo queima pois podemos senti-lo.
Sabemos sobre fatos, conhecemos coisas e ambientes e essas são evidências que nos
ajudam durante nossa vida a elaborar explicações plausíveis, pelo menos a
nós.
Assim a Navalha de Occam é uma
ferramenta poderosa a ser utilizada contra os teóricos da conspiração que
inundam nosso meio corporativo.
É comum observar a incompetência escondida por detrás de uma crise bem aproveitada. Nesse momento surgem os heróis de última
hora, os salvadores da pátria ou partícipes desta. A simplicidade desmascara
esses agentes do caos.
Como ponto de partida, não dar
ouvidos ou créditos a longas e complexas explicações, ater-se ao simples, ao
que pode ser comprovado por evidências que já sabemos verdadeiras é o caminho
da liderança para evitar o engrandecimento da incompetência.
Conhecer a Navalha de Occam é
utilizar-se de um preceito filosófico, antigo, testado e que se usado com
parcimônia torna-se uma ferramenta poderosa na gestão de crises.
Os detetives usam esse princípio
para deduzir quem é o suspeito mais provável.
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