Outro dia, olhando para minha cachorrinha, uma Schnauzer
chamada Ivy, correndo, latindo, pulando, pensei que ela está conosco há 8 anos
e quando chegou, pequenina, já era assim...
Todas os animais, coisas, natureza, com exceção do homem já
sabem o que serão, o que farão, há para eles um campo de variação muito
reduzido, voltado quase que exclusivamente para uma adaptação ambiental. E
mais, passarão a vida repetindo as rotinas estabelecidas.
Nós quando nascemos nossos pais nos olham e dizem, quem você
será? Até um, quem é você?
Uma coisa que eu percebi é que nunca ficamos
prontos. Passamos a vida construindo a nós mesmos.
Estudo e aprendo todos os dias e todos os dias alguma coisa é mudada
em minha vida. O indicador do aprender é a mudança. Estou crescendo.
Rubem Alves dizia que o saber vem depois da sabedoria e assim buscamos o saber porque nos tornamos sábios. Aprendemos primeiro a falar e
depois a gramática. Muitas de nossas buscas estão ligadas a comprovarmos aquilo
que já sabemos, aquilo que a sabedoria já nos mostrou. E essa busca nos permite
obter mais dados e então convertê-los em sabedoria que nos instiga a uma nova
busca. Trata-se de um círculo virtuoso impossível de ser detido
A sabedoria claramente tem a ver com a felicidade pois é o processo natural do
crescer.
Ainda observando minha cachorrinha, feliz, correndo, refleti
sobre o que seria felicidade. Ela estava muito feliz. Quando eu parava de
brincar ela mudava seu semblante, sua postura. Voltava a “sorrir” quando eu
retomava a brincadeira, ela queria que eu continuasse.
Ah! Veio a luz. Felicidade é um momento que você não quer
que acabe. Quando não quiser que um momento acabe é por que está feliz.
Assim comecei a perceber durante meu dia onde a felicidade
está presente e incrivelmente descobri que é possível planilhar! Bem matemático, talvez, novamente, me
lembrem que sou engenheiro e essa é uma conclusão por demais pragmática. Mas é
no mínimo lógica e o pior é que é simples assim.
Pensei ainda que talvez, nada fazer a espera de algo que
deverá acontecer é, portanto, vida desperdiçada. Exclui-se, claro o ócio, que é não fazer nada não tendo nada para fazer, difícil. Mas creio que isso seja uma outra reflexão.
O Pastor Cláudio Duarte diz que algo como, viva, faça tudo o
que estiver a seu alcance, pois assim no dia em que a morte vier lhe buscar,
levará somente seu corpo e nenhum de seus sonhos.
Vamos então enumerar momentos que não queiramos que acabem.