terça-feira, 24 de novembro de 2015

A felicidade da Ivy


Outro dia, olhando para minha cachorrinha, uma Schnauzer chamada Ivy, correndo, latindo, pulando, pensei que ela está conosco há 8 anos e quando chegou, pequenina, já era assim...

Todas os animais, coisas, natureza, com exceção do homem já sabem o que serão, o que farão, há para eles um campo de variação muito reduzido, voltado quase que exclusivamente para uma adaptação ambiental. E mais, passarão a vida repetindo as rotinas estabelecidas.

Nós quando nascemos nossos pais nos olham e dizem, quem você será? Até um, quem é você?

Uma coisa que eu percebi é que nunca ficamos prontos. Passamos a vida construindo a nós mesmos.

Estudo e aprendo todos os dias e todos os dias alguma coisa é mudada em minha vida. O indicador do aprender é a mudança. Estou crescendo.

Rubem Alves dizia que o saber vem depois da sabedoria e assim buscamos o saber porque nos tornamos sábios. Aprendemos primeiro a falar e depois a gramática. Muitas de nossas buscas estão ligadas a comprovarmos aquilo que já sabemos, aquilo que a sabedoria já nos mostrou. E essa busca nos permite obter mais dados e então convertê-los em sabedoria que nos instiga a uma nova busca. Trata-se de um círculo virtuoso impossível de ser detido

A sabedoria claramente tem a ver com a felicidade pois é o processo natural do crescer.

Ainda observando minha cachorrinha, feliz, correndo, refleti sobre o que seria felicidade. Ela estava muito feliz. Quando eu parava de brincar ela mudava seu semblante, sua postura. Voltava a “sorrir” quando eu retomava a brincadeira, ela queria que eu continuasse.

Ah! Veio a luz. Felicidade é um momento que você não quer que acabe. Quando não quiser que um momento acabe é por que está feliz.

Assim comecei a perceber durante meu dia onde a felicidade está presente e incrivelmente descobri que é possível planilhar! Bem matemático, talvez, novamente, me lembrem que sou engenheiro e essa é uma conclusão por demais pragmática. Mas é no mínimo lógica e o pior é que é simples assim.

Pensei ainda que talvez, nada fazer a espera de algo que deverá acontecer é, portanto, vida desperdiçada. Exclui-se, claro o ócio, que é não fazer nada não tendo nada para fazer, difícil. Mas creio que isso seja uma outra reflexão.

O Pastor Cláudio Duarte diz que algo como, viva, faça tudo o que estiver a seu alcance, pois assim no dia em que a morte vier lhe buscar, levará somente seu corpo e nenhum de seus sonhos.


Vamos então enumerar momentos que não queiramos que acabem.

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